Granulometria: entenda como ela influencia no café que você toma!

Blog Villa Café, Indústria

Você, que adora café, já ouviu falar do termo granulometria? Pode parecer complicado e até fora da nossa realidade, mas se você já se aventurou na preparação da bebida em diversos tipos de máquinas ou métodos de filtragem, saiba que certamente já usou esta palavrinha complicada, ainda que na prática.

A granulometria nada mais é do que a tabela de medidas adotada para a moagem dos grãos de café, de acordo com o resultado que se espera e do modo de preparo.

Hoje, vamos explicar mais sobre esses padrões, como eles influenciam no sabor das bebidas e quais são as melhores e mais adotadas práticas para deixar o seu café sempre saboroso.

Portanto, fique atento às dicas e confira todas as informações para se tornar um especialista na hora de moer o seu café.

Uma medida para cada preparo

Quando vamos preparar um café, sabemos que quase sempre nos deparamos com uma ciência exata: a água em temperatura ideal aliada à quantidade específica de café, certamente vai resultar em uma bebida muito saborosa.

No entanto, quem gosta de preparar o seu café e participar das várias etapas — que passam da torra até a filtragem —, sabe que muitos outros processos fazem parte deste caminho.

E uma das mais importantes etapas surge justamente quando se prepara a moagem dos grãos. Isto porque cada tipo de preparo exige que o café esteja com tamanhos e texturas diferentes.

É aí que entra a granulometria. É esta medida padrão, adotada por baristas de todo o mundo, que vai determinar o nível de moagem, de acordo com as medidas estabelecidas.

O tempo de contato do café com a água vai definir, de acordo com o método de preparo, qual deve ser o tamanho do grão, além de sua espessura.

De pulverizado a grosso

As medidas mais comuns de granulometria variam numa escala que vai de pulverizado a grosso. Essas variações vão indicar qual é a forma ideal que o café deve estar para o modo de preparo indicado.

Geralmente realizada com a ajuda de um moinho, a moagem deve ser precisa e exata. Isto porque, a maneira com os grãos são moídos afetará o período de extração do café e, consequentemente, alterar pontos importantes da degustação e análise da bebida, como o corpo, acidez e o aroma do café.

Entenda, agora, qual é o nível de moagem e para qual preparo ela é recomendada, segundo especialistas. É importante salientar que existem níveis intermediários entre cada uma das possibilidades descritas abaixo.

Por isso, é importante testar a sua máquina de preparo e o seu gosto pessoal para adequar se, por exemplo, você deve utilizar um grão com moagem grossa ou média grossa para um café italiano, por exemplo.

Pulverizada ou extrafina

Essa é uma moagem muito específica, já que, basicamente, é utilizada na preparação do café turco. Nele, o café moído é misturado diretamente à água e o açúcar em uma caçarola. Assim, é preciso que o pó esteja em seu estado mais fino possível para que haja a dissolução completa. O resultado é um sabor único e bastante apreciado.

Fina

A moagem fina do café talvez seja a mais conhecida entre as classificadas pela granulometria. Além do café com filtro (muitas vezes usa-se o médio-fino), aquele passado em casa, ela é perfeita também para aquelas ocasiões em que fazemos café em quantidades maiores, diretamente em garrafas térmicas.

Quando o grão está nessa classificação, ele cria uma maior resistência na passagem da água, fazendo com que o tempo de contato seja maior. Assim, o aroma e o sabor acabam acentuados. Para efeito de comparação, a textura do café fica semelhante ao de grãos de areia.

Média

A classificação média de moagem é indicada, principalmente, para o nosso famoso café espresso e para outros tipos de preparado específicos —em que a água quente ficará cerca de três minutos em contato com o grão moído. Esse tempo é ideal para que todos os sabores e essências sejam transferidos para a bebida. O resultado é um café suave e com aromas intensos.

Grossa

Se você gosta de um café preparado ao estilo italiano, principalmente nas cafeteiras moka, esse é o tipo ideal de moagem. Com os grãos quase em formato de flocos de aveia, é possível extrair um café mais encorpado e forte.

Cafeteiras de pistão, a prensa francesa e a nacional pressca também precisam de cafés com moagem mais grossa para que seja possível manusear o êmbolo de maneira mais fácil. Nesses casos, o café deve estar numa textura que se assemelha a do trigo para quibe.

O segredo da moagem

Agora que já sabemos a importância da moagem para o sucesso do seu café, é importante entender quais são as maneiras de realizar esse processo.

O mercado especializado oferece, atualmente, dois tipos mais comuns de moinhos para café.

O moinho de rebarba, utilizado principalmente para quando necessita-se de cafés mais finos, é um deles. Ele possui dois tipos de lâmina e, normalmente, ocupa mais espaço e pesa mais que as outras opções. A principal vantagem é a possibilidade de escolher o grau de moagem do grão.

A outra opção é o moinho de lâmina. Mais duradouro e econômico, ele é menos eficaz e personalizável que o moinho de rebarba. É muito interessante para a moagem específica para café de prensa e de filtro. Não é indicado, no entanto, para extrair pó para café espresso.

Na hora de achar a melhor moagem para o seu tipo de café preferido, o importante é realizar testes! Não existe um ponto certo que se adeque a todos os modelos de máquinas e filtros do mercado.

As medidas são referências aproximadas para que você não cometa erros desnecessários na hora de preparar o seu café. Quando o resultado na xícara o agradar completamente, você achou o seu ponto certo!

Agora que você já entendeu a importância da granulometria e como ela influencia diretamente na escolha do método de preparo da sua bebida, continue ligado nas principais notícias e curiosidades do universo do café.

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