Entenda como o café afeta o desempenho do cérebro diretamente

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Já é hábito para muita gente: o dia não começa oficialmente enquanto não tomar uma xícara caprichada de café. Para muitos, no entanto, este hábito se estende para vários outros momentos. Uma xícara após o almoço para animar o período da tarde e outras incontáveis ao longo de todo o dia.

Mas, além de ser uma tradição, o ato de tomar café para se sentir mais disposto e animado para enfrentar uma rotina pesada de trabalho ou estudos já virou uma verdade na vida de muita gente.

Nós do Villa Café, que somos apaixonados por essa bebida assim como você, vamos tentar mostrar como o café afeta o desempenho do cérebro e os benefícios dele para o nosso dia a dia. Confira:

Freio ou acelerador?

Assim como o cérebro humano, a cafeína, por mais que já seja estudada há anos, ainda carrega muitos mistérios sobre a influência e a forma como interage com os componentes do nosso corpo.

Centenas de pesquisas já foram feitas ao redor do mundo desde que houve a popularização do café. Cientistas tentam entender qual é a relação direta da bebida com a energia e suposta ativação e aumento do desempenho do cérebro.

Uma pesquisa médica comprovou, no entanto, que o café funciona não exatamente como um acelerador do nosso cérebro. Na verdade, a cafeína age no nosso corpo como um freio para as reações químicas que indicam a necessidade de descanso, pausa ou até mesmo a hora de dormir.

Ou seja, não é que estejamos ficando mais animados quando ingerimos o café e, sim, que a cafeína “engana” nosso cérebro sobre a necessidade de descanso.

Com os efeitos da cafeína, o seu corpo consegue trabalhar por mais tempo sem descansar e estímulos sensoriais, visão e audição podem ficar sensivelmente mais apurados após a ingestão de cafeína.

O que não indica, no entanto, que seja recomendado sempre tomar café ou usar produtos parecidos para encarar longas jornadas, já que as pesquisas mostram que ela melhora a sua rapidez de trabalho, mas não necessariamente a sua habilidade e capacidade de aprender conteúdos, por exemplo.

Mas para aquelas atividades rotineiras às quais você já está mais do que acostumado, uma xícara de café é muito bem-vinda para ajudar.

Prazer e gratificação

A sensação tão boa que sentimos ao tomar uma xícara de café que acabou de ser coado também tem uma explicação científica. De acordo com uma pesquisa recente do Instituto D’or, no Rio de Janeiro, o café age diretamente em partes do cérebro que são responsáveis pelas sensações de prazer, recompensa e gratificação.

Como o nosso corpo adora sentir tudo isso, acabamos criando o hábito de beber o café, mesmo sem saber, para que nosso corpo consiga ativar sempre este tipo de interação sensorial.

O resultado desta pesquisa, além de explicar mais da interação da cafeína com o nosso corpo, pode servir futuramente, também, para a indústria farmacêutica, principalmente àquela que é dirigida especificamente ao desenvolvimento e fabricação de remédios para a área emocional. Já que o café produz tantas boas sensações ao corpo, em breve, a cafeína pode ser utilizada para fármacos também para doenças da área psicológica, como a depressão.

Aroma milagroso

Acredite: só o cheiro do café já é capaz de provocar reações diversas no nosso cérebro. Isso mesmo! Não é preciso nem mesmo tomar uma xícara de manhã para receber alguns dos benefícios desta bebida para o seu dia. Um exercício feito em máquinas de ressonância magnética mostrou que pacientes que recebiam jatos com aroma de café automaticamente eram estimulados em algumas áreas do cérebro.

Isso explica um pouco da sensação de conforto que sentimos ao sentir o cheiro de um café sendo passado na hora e o “olfato afetivo” que este aroma pode nos trazer imediatamente, relembrando momentos ou situações pelas quais já passamos.

Memória e saúde

Além de tudo isso que agora nós já sabemos, novos estudos seguem sendo realizados e já começam a associar o café e a cafeína à prevenção de importantes inflamações no cérebro, que em alguns casos podem vir a provocar doenças como Mal de Parkinson e Alzheimer.

Em algumas pesquisas realizadas em 2012, cientistas constataram que pacientes com alto nível de cafeína no sangue não apresentaram deterioração cognitiva, o que é indicativo de Alzheimer. No futuro, essas mesmas pesquisas podem revelar inúmeros benefícios para os serviços de saúde e indústria farmacêutica.

Enquanto isso não acontece, o que já podemos afirmar é que a cafeína, além de melhorar a agilidade e a resposta a estímulos, também pode ser muito benéfica, em longo prazo, para a memória.

Segundo algumas pesquisas, a cafeína interage com as células do hipocampo — área do cérebro ligada à memória — e aumenta a criação de espinhas dentríticas, que são terminações nervosas que auxiliam no processo de memorização e capacidade de captação de conhecimento.

Outros estudos mostram que adultos mais velhos que sempre ingeriram café ao longo da vida tem a chamada “memória de trabalho” mais desenvolvida do que de outros adultos que não desenvolveram este hábito ao longo da vida.

Café no desenvolvimento do cérebro

Nós sabemos que a cafeína está presente em vários produtos disponíveis no mercado, inclusive em outras bebidas e alimentos. No entanto, estudos realizados com mulheres na faixa dos 65 anos mostraram que a substância presente no café é muito mais benéfica ao desenvolvimento do cérebro e à prevenção de outras doenças do corpo humano do que está contida em refrigerantes de cola, chás, chocolates e energéticos.

Por mais que existam vários estudos e que os resultados variem de um para o outro, é importante saber que os benefícios do café são reais e se apreciado sem exageros, esta bebida pode, sim, trazer garantia de boa saúde e energia para o seu dia.

E você, tem o hábito de tomar o seu cafezinho todos os dias? Agora que sabe de como ele pode provocar um melhor desempenho do cérebro, está mais animado?

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