Apesar de o café espresso ser, talvez, o preferido das cafeterias de todo o mundo, um antigo sabor — que, na verdade, nunca saiu de cena — se reinventou e destaca-se novamente no gosto dos apaixonados por café!
Afinal de contas, quando falamos de um cafezinho, principalmente do feito em casa, quase sempre vem à nossa cabeça a ideia de café fresquinho passado na hora.
Essa técnica antiga de preparação da bebida se moderniza e ganha novas facetas a cada ano, fato que agrega valor ao produto. Assim, estabelecimentos de todo o mundo que trouxeram máquinas incríveis para a produção de café, agora voltam suas atenções para o tradicional.
No post de hoje, vamos apresentar e revelar as diferenças entre os principais métodos de extração de café filtrado e mostrar como eles têm retomado o seu espaço.
Extração de café: do tradicional ao moderno
O expressivo número de clientes e apaixonados por café que está resgatando as raízes do café filtrado, traz a necessidade de mostrar, com clareza, quais são os métodos de preparo e extração de café mais utilizados.
Muito além do coador comum que utilizamos e conhecemos, uma gama de outras opções modernas que valorizam os grãos de qualidade, possibilitam uma filtragem profissional e garantem um café incrível. Vamos conhecê-las:
1. Hario V60
Este método criado no Japão (foto ao lado) é um dos que ganha cada vez mais espaço, inclusive no Brasil. O Hario V60 é, por sinal, um dos responsáveis pela chamada “retomada” do café filtrado. Apesar do sucesso, sua técnica é simples.
Um coador feito em cerâmica ou vidro acaba por manter a água com temperatura elevada durante mais tempo. Por dentro, formatos de cones e linhas desenhadas em formato espiral facilitam o fluxo da água até xícara.
Assim, a bebida desce de maneira mais uniforme. O resultado desse design interessante é um café limpo e sem resíduos. Mas um café de qualidade é essencial para o bom aproveitamento do coador. Na dúvida, procure cafés 100% Arábica e com certificação de Café Gourmet!
2. Aeropress
Essa técnica, por incrível que pareça, foi desenvolvida por um criador de brinquedos dos Estados Unidos. O funcionamento se parece um pouco ao de uma seringa. Em uma das peças, semelhante a um tubo, é colocado o café junto a um coador de papel específico.
Em seguida, é despejada a água quente. Depois, um êmbolo é inserido e a pressão é feita na peça anterior. A bebida final tem características únicas.
A textura é semelhante de um coado comum, mas os sabores e o aroma se assemelham um pouco ao dos espressos. Mais óleos de café são aproveitados devido a pressão exercida. O processo de extração é rápido e, por isso, o café não tem o amargor comum de outros métodos.
3. Chemex
No café feito Chemex, a extração é bem curiosa. Em um vidro, com formato parecido com o de uma ampulheta, é inserido um filtro de papel com tripla filtração. Antes mesmo de ter o pó adicionado, o filtro recebe água quente. Só então o café é colocado e passa pelo material.
Apesar de parecer uma “engenhoca” moderna, o Chemex data de 1941 e seu design é tão interessante que uma peça está exposta no Museu de Arte Moderna de Nova York.
Tantas peculiaridades resultam em um café limpo, sem resíduos e que equilibra acidez, doçura e corpo.
4. Sifão
Referência da IMAGEM
Outro método de extração de café filtrado que chama a atenção pelo design engenhoso é o sifão. Um dos mais antigos, já que foi criado em 1840, ele tem dois globos de vidro, uma base, uma chama que aquece a água durante todo o processo e um filtro.
Quando o equipamento é acionado, o fogo aquece a água do globo inferior, que se expande e se junta ao pó de café.
Quando a chama de fogo é retirada, a parte inferior do aparelho se esfria e o líquido volta para a parte de baixo. A mistura, então, passa pelo filtro e o pó se separa da água. O resultado de algo que parece tão difícil, mas prima pela simplicidade, é um café limpo, sem amargor e que é servido mais quente que os outros filtrados.
5. Eva Solo
Referência da IMAGEM
Outro método bastante interessante foi criado em 1913 por uma dinamarquesa e chama a atenção pela versatilidade e pela simplicidade. Este é um dos poucos casos em que é possível fazer uma bebida fria sem prejuízo ao aroma ou sabor.
Para fazer café quente com o Eva Solo, o pó é adicionado à jarra e, em seguida, água quente. Na sequência, é inserida a tampa da jarra, que na verdade é um filtro de metal. Toda a peça é envolvida em uma “roupa” feita em neoprene e é preciso aguardar quatro minutos.
Depois, é só servir. Na versão gelada, é preciso acrescentar a água e o pó como no original, mas, em seguida, leva-se à geladeira por 12 horas. Depois, é só coar normalmente. Nas duas situações, a bebida tem baixo amargor.
6. French press
A técnica da prensa francesa é semelhante ao do Aeropress. Mais uma vez, a pressão é a responsável pelo processo. Neste caso, porém, o pó de café é colocado junto à água quente num recipiente. O êmbolo de pressão será o responsável por misturar os dois e, depois, separá-los. O café feito na prensa possui mais resíduos, é turvo, forte e encorpado.
7. Moka
Referência da IMAGEM
A tradicional cafeteira italiana, criada nos anos 30, também não perde a majestade quando trata-se de café filtrado. Atualmente, já possui diversos designs diferentes, mas o funcionamento de todas é basicamente o mesmo.
Assim como no sifão, duas câmaras separadas por um filtro e bastante pressão são utilizadas na preparação do café. A água que está na parte inferior é fervida, passa pelo meio, onde está o café, e em seguida é filtrada e chega pronta à parte superior.
8. Coador de papel
Referência da IMAGEM
Este é o método mais conhecido e utilizado no Brasil. Criado em 1908 por Melitta Bentz — daí o nome adotado — ele ganhou a forma que conhecemos hoje apenas em 1932. Nele, é claro, utiliza-se o filtro de papel para a preparação do café.
Como o espaço para saída pós-filtragem é bem pequeno, a água acaba em contato por mais tempo com o café em pó. Isso resulta, na maioria das vezes, em um café mais forte e amargo.
9. Coador de pano tradicional
Não importa quanto tempo passe, ele ainda é o queridinho de uma grande parcela da população. Com processo de funcionamento semelhante ao Melitta — apenas um pouco mais rápido — muita gente prefere utilizar o de pano, pois acredita que o sabor do café passado várias vezes pelo material confere características únicas.
Especialistas recomendam, no entanto, que o filtro de pano seja utilizado por, no máximo, um mês. Ou seja, nada de resgatar o coador que herdou da avó para fazer um café saboroso.
E você? Já experimentou algum desses métodos de extração de café? Qual é o seu preferido? Deixe seu comentário com dicas e sugestões para os outros apaixonados por café que frequentam o nosso blog!