Assim como um automóvel precisa de combustível para funcionar, o corpo humano precisa de energia para se manter ativo. A principal fonte são os alimentos: ao serem digeridos, se transformam em glicose,
que é absorvido pelo sangue e levado até as células onde é usado como energia.
Para a glicose sair do sangue e ir para as células existe um outro processo “comandado” pela insulina. Substância produzida no pâncreas, a insulina funciona como uma espécie de chave que abre a fechadura da célula para permitir a “entrada” da glicose.
Há algo de estranho no corpo
Se a insulina não funciona bem, a glicose se mantem no sangue em níveis muito altos, o que gera uma série de complicações. É aí que começa a diabetes, doença crônica que tem virado uma epidemia no país.
O sangue “caminha” por todo o corpo. Se a glicose está presente nele em taxas altas, ela é levada para todas as partes do corpos. É por isso que a diabetes, quando não é tratada, acarreta em complicações diversas: danos nos rins, neurológicos, na retina, danos cardiovasculares, etc…
Os dois tipos de diabetes
As pessoas que tem uma redução na produção de insulina apresentam a diabetes tipo 01. São elas que necessitam de doses externas de insulina.
Já as pessoas que apresentam a diabetes tipo 2 até podem produzem a insulina, mas as suas células são resistentes à ação delas. Normalmente, esse tipo começa a surgir em indivíduos com mais de 40 anos e/ou pessoas sedentárias.
O café e a diabetes
Recentemente, surgiu uma ótima notícia para os consumidores de café: várias publicações noticiaram a diabetes tipo 02 pode ser evitada com o maior consumo da bebida.
Foi uma conclusão chegada por cientistas de Harvard após analisar um grupo de 100.000 pessoas durante 20 anos. Desse grupo, aqueles que passaram a beber no mínimo uma xícara de café a mais todos os dias, tiveram um risco 11% menor de apresentar a doença. Aqueles que diminuíram o consumo, aumentaram em 17% esse risco.
Das que não mudaram a quantidade de xícaras, aquelas que consumiam mais café tiveram um risco 37% menor do que aquelas que consumiam menos café. Ou seja, ficou claro o papel fundamental do café na prevenção.
A maravilhosa complexidade de um bom café
A pesquisa coloca em foco a complexidade sensacional de um grão de café bem cuidado. Os cientistas não conseguiram chegar à conclusão sobre qual seria o motivo fundamental desse papel do café em relação à diabetes. O que se sabe é que não se trata da cafeína. A suspeita é que o café apresenta uma série de substâncias antioxidantes, muitas delas ainda nem identificadas, que atuam na proteção do corpo.
Por isso batemos tanto na tecla do café de qualidade. Porque o café mal cuidado, aquele de espécies inferiores, são bem mais pobres nesses micronutrientes.
O café como prevenção
Para finalizar, é bom deixar claro. Café não é nenhum remédio. Ele tem a ação preventiva, assim como os exercícios físicos, alimentação equilibrada, técnicas de relaxamento. E ele funciona muito melhor se combinado com todas essas práticas.