Quando procuramos um bom café espresso, quase sempre buscamos saber, principalmente, sobre a procedência dos grãos, a qualidade do rótulo do café e até informações básicas sobre o seu método de preparo.
No entanto, entre as características do café espresso que podem revelar muito 23sobre o processo de produção e as peculiaridades da bebida, existe uma que ainda é muito pouco conhecida.
Hoje, aqui no blog, vamos falar da crema do café. Também chamada algumas vezes de creme, ela é um dos elementos mais característicos presentes em um espresso e seus traços indicam muito da qualidade e do modo de extração da bebida.
Por isso, se você é um dos apaixonados por café que ainda não conhece esses detalhes, continue a leitura deste post e aprenda mais sobre isso!
Crema: funções e características
Quem já tomou um bom espresso, certamente já reparou na crema do café. Ela é aquela camada espessa de aspecto cremoso que fica por cima da bebida. Para muitos, ela é apenas mais uma espuma na xícara.
No entanto, esse creme possui duas importantes funções: garantir que a temperatura do café seja mantida e que o aroma continue totalmente preservado antes do consumo.
Essa camada, que certamente passou batida algumas vezes quando você foi consumir o seu café, tem uma quantidade significativa de açúcar natural, que vem do próprio grão do café.
Uma crema de qualidade, resultante de um bom café e uma boa extração, geralmente tem a cor de avelã e adere à parede da xícara por um bom tempo, mesmo após o consumo. Essas características podem atestar a qualidade dos grãos, a moagem, a torra e até a habilidade do barista
Uma boa crema, inclusive, pode aguentar, as gotas de adoçante ou uma colher de açúcar sem se desmanchar,
Química pura: como a crema do café é formada
Chegar à crema perfeita é o sonho de muitos baristas e donos de cafés. Por isso, ela é chamada, muitas vezes, de Santo Graal do universo do café. Desta forma, mais do que técnicas, é preciso entender um pouco de como ela é formada.
A crema surge a partir de processos químicos que ocorrem durante as várias etapas da fabricação e filtragem de um café. Desde a torra dos grãos, que faz com que eles emitam gás carbônico, até a pressão da água na hora da filtragem, que promove uma emulsificação dos óleos naturais do café: tudo isso influenciará na formação de uma crema de qualidade.
Uma boa “espuma”, então, precisa de uma união perfeita entre as reações e os compostos do café, como a melanoidina, uma substância presente em grande quantidade dos grãos existentes no mercado.
Cor e textura: garantia de sabor e qualidade
A essa altura é possível pensar, então, que todo café de boa qualidade pode ter uma boa crema. Mas não é bem assim. Mesmo um café gourmet pode ter uma crema com características aquém do esperado. Nesses casos, o que deve ser observada é a extração da bebida na máquina, ou seja, o seu modo de preparo.
Se a cor da crema é muito mais clara do que o convencional, por exemplo, e as bolhas presentes estão maiores que o normal, o café pode ter sido “passado” em menos tempo que o recomendado, entre 24 a 27 segundos. Por isso, ela não se formou de forma correta e, provavelmente, a bebida tem o sabor muito fraco.
Por outro lado, a crema também pode indicar que o tempo de máquina foi superior ao recomendado. Nesses casos, ela costuma se apresentar com coloração mais escura e o café tende a ter o gosto um pouco mais forte e amargo.
Agora que você entendeu como a crema pode ser uma aliada na hora de garantir todas as principais características do café espresso, comente aqui no nosso post outras dicas ou dúvidas que você tenha sobre esse assunto! A nossa “comunidade” de apaixonados por café vai adorar interagir com você!
